Gestão eficiente garante controle de custos e avanços na Cafaz Saúde
Pelo 13º mês seguido, a Caixa de Assistência dos Servidores Fazendários Estaduais não reajusta o valor da sua cota, graças ao resultado operacional superavitário. Para chegar a esse estágio, fundamental é o trabalho conjunto da Diretoria e dos Conselhos, dos associados e dos colaboradores.
A Cafaz é uma operadora de planos de saúde em regime de autogestão, sem fins lucrativos, que presta relevantes serviços à comunidade. “Somos um plano de saúde que vai além das exigências regulatórias, devido à peculiaridade de pertencer aos seus associados. Operamos sob um modelo solidário, no qual as decisões são soberanas e tomadas em plenário nas Assembleias”, destaca o presidente Kleber Silveira.
Os serviços são direcionados aos servidores fazendários cearenses, e o rateio das despesas entre os associados ocorre conforme a cota mensal, calculada de acordo com a faixa etária de cada beneficiário. Desde o início da atual gestão, em janeiro de 2024, a Cafaz vem implementando medidas para fortalecer o controle interno, assegurando a estabilização dos custos assistenciais. O impacto dessas iniciativas já é perceptível, especialmente quando comparado ao período pós-pandemia, caracterizado por grandes oscilações nos gastos.
A Covid-19 e os custos assistenciais
Nos primeiros anos da pandemia, em 2020, os custos assistenciais diminuíram devido à restrição na circulação da população. Apenas casos de urgência e emergência eram atendidos nos hospitais. No entanto, a partir de 2022, houve um aumento significativo nos custos, impulsionado pela demanda reprimida de cirurgias eletivas e internações adiadas durante os momentos mais críticos da crise sanitária.
O presidente Kleber Silveira explica que essa tendência se intensificou em 2023, quando muitas dessas cirurgias foram finalmente realizadas, gerando um impacto financeiro considerável nos planos de saúde. “Contudo, em 2024, a Cafaz conseguiu reverter essa tendência, estabilizando os custos por meio de ajustes internos e reforço no monitoramento das despesas”, afirma.
Reestruturação e fortalecimento da auditoria médica
Uma das principais ações da gestão foi a reorganização da Auditoria Médica e de Enfermagem, setor impactado durante a pandemia. Em 2020 e 2021, as visitas presenciais a hospitais e clínicas foram suspensas devido ao lockdown. “Com a retomada das atividades, a auditoria foi reestruturada para garantir que os procedimentos autorizados fossem adequados, alinhando-se às necessidades dos beneficiários e às diretrizes médicas”, explica Kleber Silveira.
Além disso, o controle sobre órteses, próteses e materiais especiais (OPME) foi reforçado. Esses itens, majoritariamente importados e cotados em dólar, representam um desafio na gestão de custos, pois são fornecidos por um pequeno grupo de empresas que ditam os preços de mercado. “Com o aprimoramento dos processos, passamos a monitorar desde o cadastramento dos materiais até sua liberação para uso, garantindo mais eficiência na gestão financeira”, ressalta o presidente.
Atendimento humanizado e lançamento de novo plano
Outra prioridade da atual administração tem sido o fortalecimento do relacionamento com os beneficiários. A gestão tem investido em um atendimento mais próximo, ouvindo as demandas dos associados e explicando as melhorias implementadas.
“Pensando na fidelização dos clientes e na acessibilidade financeira, a Cafaz planeja lançar um novo plano tão logo o sistema de gestão atualizado esteja plenamente implantado. Esse novo produto terá um custo pelo menos 30% menor que o atual, oferecendo uma alternativa viável para aqueles que desejam permanecer na Cafaz, mas enfrentam restrições orçamentárias”, destaca Kleber Silveira.
Perspectivas para o futuro
Com a implementação dessas medidas, a Cafaz Saúde reafirma seu compromisso com a sustentabilidade financeira e a qualidade dos serviços prestados. “O desafio agora é continuar aprimorando os processos internos e expandindo as opções de atendimento, sempre focando no bem-estar dos beneficiários e na manutenção de um serviço de excelência”.
Autogestão: um modelo sustentável
A autogestão tem se destacado como um modelo inovador de assistência e financiamento da saúde suplementar no Brasil. Enquanto o setor tradicional ainda se baseia no conceito de doença e assistência médico-hospitalar, as operadoras de autogestão adotaram uma abordagem ampla de promoção da saúde.
Integralidade, solidariedade e prevenção são pilares desse modelo, que tem demonstrado benefícios tanto para os beneficiários quanto para as instituições. Como reflexo desse desempenho positivo, a autogestão está entre as modalidades melhor avaliadas pelo Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS) da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O IDSS considera fatores como atenção à saúde, equilíbrio econômico-financeiro, estrutura operacional e satisfação dos beneficiários.